Um Motivo Para Começar a Odiar as Tecnologias de Comunicação Instantânea


Oi, Sabrina. Gostei de te encontrar ontem, finalmente haha fazia um tempão que não te via… pena que foi muito rápido =/  como foi a festa que você foi depois, curtiu? Espero que não demore mais meses pra te ver de novo rs de verdade, sempre gosto quando te encontro, sabe? Aliás, era algo que queria te falar há um tempo, mas nunca tenho oportunidade… você é muito especial pra mim. Eu gosto mesmo de você. Adoro nossas conversas que não acabam nunca, às vezes parece que você mora na minha cabeça. Me sinto bem falando de tudo com você, gosto do seu jeito de pensar e ver a vida, sempre me ajuda a olhar o mundo de outro jeito (e eu não consigo imaginar forma maior de elogio, poucas pessoas me fazem sentir assim). Sei que é péssimo estar falando isso por aqui, queria conversar com você pessoalmente, mas a gente nunca se encontra, e eu já tava sem saber o que fazer, eu realmente gosto de você. Acho que to falando demais isso haha pode ficar tranquila, na verdade eu gosto de você em uma quantidade perfeita para que duas pessoas possam iniciar um relacionamento saudável, sem muita expectativa nem exagero, apenas a porção ideal. Por exemplo, eu não imaginei que a gente depois de já estar namorando poderia passear pelo Arpoador e observar o mar, a praia, o sol e os cariocas sendo cariocas (você adora falar dos cariocas, né?). Eu também não pensei que se eu conseguir aquela promoção no meu emprego, no final do ano eu já vou ter juntado uma grana legal e meu salário vai me permitir morar sozinho, e que no meu apartamento você poderia deixar sua escova de dente e sua borrachinha de prender cabelo (como é o nome certo daquilo?) no banheiro, além ter sua própria gaveta no meu ármario, que então seria dominado aos poucos pelas suas coisas, seus livros e dvds que eu tanto gosto, até que depois de discutir com seus pais mais uma vez você finalmente se cansaria de morar com eles e iria sugerir que a gente morasse junto (lembrando que essa ideia foi sua, mas acho que pode dar certo). Coisa que não passou pela minha cabeça foi imaginar que na sala a gente podia separar um canto especial pra você pintar seus quadros nos finais de semana, enquanto eu tentaria pela milésima vez tocar Here Comes The Sun no violão, espalhado de mal jeito em um sofá amarelo (sua cor predileta), com o Zeus, nosso Shar-Pei, mordendo meu chinelo (tudo bem, cachorro quando é assim filhote morde tudo porque os dentes tão nascendo, mas essa fase passa rápido). Acredito que não preciso frisar que uma viagem nossa para Nova York, quando passearíamos por aquelas exposições de arte de rua, andaríamos de metrô até o Brooklyn apenas pela emoção e eu te levaria para conhecer a minha vó (que aliás faz uns cookies muito bons), não é algo que eu pense de vez em quando, assim como nosso casamento, nossos filhos, nossa casa de verão em Búzios e uma possível mudança pra o interior depois que a gente ficasse velhos demais pra cidade grande. Sério, eu sou um cara muito relax, prefiro deixar as coisas rolarem, entende? Dai pensei se a gente de repente não poderia tomar uma cervejinha amanhã, o que você acha? Beijos.
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